A
exposição “Fica decretado que agora vale a verdade”, realizada pela Faculdade
Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), será encerrada na próxima segunda-feira (30). E,
para fechar a mostra com chave de ouro, nesta sexta-feira (27), livros que
foram censurados durante a Ditadura Militar serão deixados na Praça Dom Pedro
para que as pessoas que os encontrarem possam levá-los para casa e compartilhar
o conteúdo com seus familiares. A iniciativa faz parte do projeto Livro Solto, de
fomento à leitura, criado em 2012 pela faculdade.
“O
projeto livro solto recebeu alguns livros que foram censurados no período da
ditadura e, como nossa exposição, que retrata a temática, está chegando ao fim,
resolvemos aproveitar o momento para soltá-los na praça, para que qualquer
pessoa possa ter acesso a esses títulos que, no passado, foram recolhidos pelo
regime militar”, explica Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da
FMP/Fase.
Dentre
os títulos, destacam-se os exemplares de Ignácio de Loyola Brandão – Zero –,
Augusto e Haroldo de Campos – Revisão de Sousandrade – e Carlos Drummond de
Andrade – O Observatório no Escritório. Junto a eles,
outros livros de autores renomados, doados ao projeto Livro Solto, também serão
distribuídos.
A
exposição “Fica decretado que agora vale a verdade” recebeu cerca de 1500
pessoas, durante os três meses em cartaz no Centro Cultural da FMP/Fase. Diferente de outras mostras sobre a
Ditadura Militar, a exposição da FMP/Fase, que contou com curadoria do
artista plástico Claudio Partes, proporcionou
uma reflexão sobre o período abordado e serviu como crítica às ditaduras e
formas de cerceamento da liberdade.
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