sexta-feira, 27 de junho de 2014

Projeto literário da Fase doa livros que foram censurados durante a Ditadura Militar


A exposição “Fica decretado que agora vale a verdade”, realizada pela Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), será encerrada na próxima segunda-feira (30). E, para fechar a mostra com chave de ouro, nesta sexta-feira (27), livros que foram censurados durante a Ditadura Militar serão deixados na Praça Dom Pedro para que as pessoas que os encontrarem possam levá-los para casa e compartilhar o conteúdo com seus familiares. A iniciativa faz parte do projeto Livro Solto, de fomento à leitura, criado em 2012 pela faculdade.

“O projeto livro solto recebeu alguns livros que foram censurados no período da ditadura e, como nossa exposição, que retrata a temática, está chegando ao fim, resolvemos aproveitar o momento para soltá-los na praça, para que qualquer pessoa possa ter acesso a esses títulos que, no passado, foram recolhidos pelo regime militar”, explica Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

Dentre os títulos, destacam-se os exemplares de Ignácio de Loyola Brandão – Zero –, Augusto e Haroldo de Campos – Revisão de Sousandrade – e Carlos Drummond de Andrade – O Observatório no Escritório. Junto a eles, outros livros de autores renomados, doados ao projeto Livro Solto, também serão distribuídos.

A exposição “Fica decretado que agora vale a verdade” recebeu cerca de 1500 pessoas, durante os três meses em cartaz no Centro Cultural da FMP/Fase. Diferente de outras mostras sobre a Ditadura Militar, a exposição da FMP/Fase, que contou com curadoria do artista plástico Claudio Partes, proporcionou uma reflexão sobre o período abordado e serviu como crítica às ditaduras e formas de cerceamento da liberdade.






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