A psicóloga gestalt-terapeuta Silvia Quintan é um exemplo de superação através da fé e do amor. E isso ela relata no livro de sua autoria “A Luta de Cada Um”, que vai ser lançado em Petrópolis, na Livraria Nobel (Centro e Itaipava), nos próximos dias 4 e 5 de dezembro, às 18h. A obra conta a história da autora durante um período muito difícil em sua vida. Grávida de trigêmeos, os bebês nasceram com 30 semanas de gestação. Com as complicações do parto prematuro e as graves consequências, Silvia mostra como enfrentou as dificuldades e vem superando muitas delas. “A Luta de Cada Um” é o amor a toda prova.
A obstinação de Silvia Quintan está retratada em “A Luta de Cada Um”. Ela nos ensina que não devemos desistir dos nossos sonhos e nem de quem amamos, mesmo que a batalha seja difícil. Não existem regras para a superação de problemas, mas força e perseverança naquilo que acreditamos. O livro não é um relato de uma mãe que enfrenta um tortuoso caminho na defesa de seus filhos, independente das circunstâncias que a vida lhe proporcionou, mas o testemunho de como cada membro de uma família pode ser um agente influenciador na vida dos outros e como a luta de cada um passa a ser a luta de todos.
O livro autobiográfico de Silvia nasceu de um sonho. Segundo a autora, seu objetivo era fazer com que as pessoas olhem para dentro de si mesmo e despertem para a vida. “Não podemos aceitar o que a vida nos deu de braços cruzados. A vida propõe e a escolha é de cada um se aceita ou não, ou se trabalha para reverter. Eu optei por reverter. Lamentações e revoltas só nos fazem perder tempo”, afirma a autora.
A história de Silvia Quintan
Silvia Quintan considera que a sua salvação para enfrentar o seu drama foi o amor e a fé. Com o nascimento prematuro dos filhos ela teve que enfrentar muitos problemas, desde cirurgias, cegueira e até mesmo câncer. A cirurgia de coração que os trigêmeos precisaram passar logo nos primeiros dias de vida deixou sequelas: as duas meninas, Eduarda e Beatriz tiveram hemorragia cerebral. Eduarda ficou com a área motora comprometida e Beatriz com a visão. Kayque, o menino, teve hérnia inguinal.
Inúmeras vezes, os médicos afirmaram que os bebês não fariam progresso. O diagnóstico deles previa que Eduarda, que ainda teve câncer na supra-renal, não conseguiria se locomover, falar e nem comer alimentos sólidos. Beatriz, além de não ouvir e não andar, ainda ficaria cega.
Hoje, com quase 5 anos de idade, todos os três estudam em uma escola regular. Eduarda tem o cognitivo preservado e sua dificuldade é motora. Beatriz voltou a enxergar e sua dificuldade é com a linguagem. Kayque não ficou com nenhuma sequela.
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